O Candán: o segredo mais bem guardado

Descubra belas florestas autóctones, prados, fauna rica e aldeias antigas nesta serra interior na província de Pontevedra.

Queres subir até aos 1000 metros de altitude e sentir como o ar te eleva? Tem-no ao seu alcance na serra de O Candán, entre Lalín, Silleda e Forcarei, uma das serras mais extensas da província de Pontevedra e uma das mais singulares. É aqui que nasce o rio Lérez, o Umia e vários afluentes do Deza.

O eco das aldeias antigas

Um passeio até à aldeia de Grobas é uma experiência no meio da montanha intocada e livre que ninguém deve perder. Aí se pode escutar o canto dos pássaros ou o som de um riacho, sentir o aroma refrescante da terra molhada depois da chuva, observar os tons verdes das plantas, desfrutar de um valioso património arquitetónico e evocar a vida na Galiza de outrora através das pedras das velhas habitações. Uma aventura em contacto com a natureza pura.

O seu cume é dominado por matagais e grandes rochedos, e no seu sopé poderá desfrutar de extensos carvalhais, prados e um importante exemplo de arquitetura popular.

O cimo de San Bieito oferece uma vista panorâmica deslumbrante sobre o vale de Deza.

A serra de O Candán é um percurso pedestre circular, de dificuldade média e com uma distância de cerca de 12 quilómetros. O percurso destaca-se pela sua flora variada, com bétulas, carvalhos e carvalhos, e pela sua fauna, já que oferece a possibilidade de avistar alguns bufos-reais ou falcões-peregrinos, difíceis de encontrar noutras zonas de As Rías Baixas.

Este percurso surpreendente começa na aldeia de Bustelos. Um caminho empedrado convida-nos a percorrer dois quilómetros até à aldeia abandonada de Grobas, um lugar enigmático onde podemos contemplar o bosque ribeirinho que a protege.

Aqui começa a subida até ao cimo de San Bieito, que oferece uma panorâmica deslumbrante do vale do Deza, ainda mais quando se tinge com as cores do outono. Caminhar ao longo da borda da montanha vai fazer-nos vibrar de emoção e depois descer em direção a Ameixedo, pisando as folhas caídas de um bosque de castanheiros e carvalhos.

Continuamos o caminho por entre prados e zonas húmidas até chegar a Porto Marín e ver a ponte de madeira sobre o rio Deza. Neste ponto, voltamos para trás em direção à floresta para atravessar uma ponte de pedra sobre o Rego das Grove, perto da aldeia de Grobas.