Cogumelos nas Rias Baixas
Os cogumelos, para além de serem uma iguaria culinária, são uma fonte excecional de nutrientes e de benefícios para a saúde. A sua incorporação na dieta não só enriquece o paladar, como também fortalece o organismo de várias formas.

As Rias Baixas, com o seu clima ameno e humidade constante, são o cenário perfeito para o crescimento de uma incrível variedade de cogumelos. Nos seus bosques e paisagens naturais esconde-se um verdadeiro tesouro micológico, que cada outono atrai tanto amadores como especialistas. A diversidade de cogumelos que se encontram na nossa província não só oferece sabores únicos, mas também uma experiência próxima da natureza.
O outono nas Rias Baixas é uma época mágica, em que as montanhas se enchem de cogumelos que, para além de oferecerem sabores requintados, ligam as pessoas ao ambiente natural. Quer seja um apaixonado pela micologia ou um apreciador de boa comida, explorar a variedade de cogumelos desta região é uma experiência inesquecível que mistura natureza, tradição e gastronomia.
Também conhecido como cogumelo selvagem ou fungo dos lameiros, em galego. Trata-se de um cogumelo pequeno e branco. Cresce tanto na primavera como no outono em prados e jardins ricos e bem fertilizados.
Este grupo inclui quatro espécies comestíveis muito semelhantes, Boletus edulis, Boletus aestivalis, Boletus pinophilus e Boletus aereus. São de cor castanha e crescem normalmente em florestas de folhosas ou de coníferas. Em galego também se chamam andoas.
Trata-se de duas espécies muito semelhantes. Em As Rías Baixas são conhecidos pelo nome popular de cantarelos e a sua forma assemelha-se à de uma trombeta. A sua cor depende das caraterísticas do solo onde crescem, embora normalmente varie entre o amarelo esbranquiçado e o laranja.
Também conhecido na província como "chipirón de monte", devido à sua forma. Tem um chapéu alongado muito caraterístico e cresce em prados, jardins e pastagens.
Em As Rías Baixas é conhecido como "angula de monte", já que quando cozinhado o pé do cogumelo faz lembrar este peixe. Frutifica em florestas de folha caduca, pinhais e eucaliptais, até ao outono, quando as temperaturas baixam.
Também conhecido como língua de gato ou língua-de-vaca, é um cogumelo tardio que, tal como o anterior, surge no final do outono, a partir de novembro. É de cor creme e pode ser encontrado em florestas de folhosas, coníferas e eucaliptos.
Chamado níscalo e, nalgumas zonas da Galiza, fungo da muña. É um cogumelo muito apreciado na gastronomia e, de facto, muitos coleccionadores só se dedicam a esta espécie. Frutifica nos pinhais e tem uma cor muito caraterística e um látex alaranjado.
Também conhecida como zarrota, monxo ou choupin. Distingue-se por ser alta e esguia e o seu chapéu pode atingir 40 cm de diâmetro. Cresce em bosques bem iluminados, prados e solos bem fertilizados.
Anteriormente conhecido como Boletus erythropus. Trata-se de um cogumelo do tipo boletus, com um chapéu castanho, poros vermelhos e polpa amarela que se torna azul em contacto com o ar. O seu habitat são as florestas de folhosas e de coníferas.
Conhecido como tortullo, é um cogumelo com um chapéu cinzento e um pé esbranquiçado com tons amarelos pálidos. Cresce nos pinhais quando chega o tempo frio, a partir de novembro.