Ao longo das margens do Minho
A foz do maior rio da Galiza é o início de uma viagem de água doce pelo sul da província de Pontevedra, onde a arqueologia, o património e a paisagem se conjugam na perfeição.
A primeira paragem do percurso pelas margens do Minho, no sul das Rias Baixas, é a aldeia piscatória de A Guarda. A sua montanha mágica, Santa Trega, o castro mais emblemático da Galiza, oferece uma vista espetacular sobre o estuário do rio, a costa do vizinho Portugal e o Oceano Atlântico.
A arquitetura das casas, o porto, o passeio marítimo e o Museu do Mar são testemunhos do carácter marítimo desta bela vila, que também marca a origem do Caminho Português da Costa nas Rias Baixas.


Depois de passar por A Guarda, chega-se a O Rosal, um paraíso para enoturistas e caminhantes. Aqui é imprescindível seguir a rota dos moinhos de O Folón e O Picón, declarados Bem de Interesse Cultural, e visitar as adegas para descobrir os fantásticos vinhos da Denominação de Origem Rías Baixas.
Tomiño, a paragem seguinte, conserva os vestígios da guerra histórica fronteiriça na magnífica Fortaleza de Goián e na Torre de Tebra. Os petróglifos do monte Tetón são outro exemplo de património valioso. Mais adiante, encontra-se a porta de entrada para a Galiza pelo tradicional Caminho Português, a histórica cidade de Tui. De grande importância são a catedral de Santa Maria e o magnífico centro monumental. A vista sobre o Minho desde o monte Aloia, declarado Parque Natural, é maravilhosa.

O tesouro de A Guarda
O monte de Santa Trega integra valores arqueológicos, paisagísticos e religiosos. A sua citânia, que data do século IV a.C., é considerada um dos melhores exemplos da cultura castreja no noroeste da Península Ibérica. No cimo do monte, depois de um passeio entre as suas habitações circulares, recomendamos uma visita ao Museu Arqueológico de Santa Trega (MASAT) e à sua ermida de grande riqueza patrimonial. A partir daqui, as vistas são excepcionais.

Em Salvaterra de Miño, a fortaleza protege a igreja de San Lorenzo, a capela da Virgen de la Oliva e as grutas de Doña Urraca. A partir daí, o caminho conduz à ponte medieval de Fillaboa. No Monte Castelo, imersa numa rocha, ergue-se a capela de La Asunción.
A lampreia, vampiro do rio e iguaria na mesa, é pescada no Minho desde a época romana, através das pesqueiras.
Damos um passo em frente no nosso itinerário pelas margens do maior rio da Galiza e entramos em As Neves, um município com lugares de grande beleza como a rota de Os pescadores, que começa na praia fluvial de Santa Mariña.

A igreja de Santa Marta de Ribarteme é muito popular pela sua procissão dos caixões, em que pessoas vivas são transportadas nos caixões em sinal de fé e gratidão, depois de terem rezado à Virgem para curar os seus problemas de saúde.
CENTRO DE ARABO
A lampreia e o vinho tornaram-se sinais de identidade em Arbo, a sétima paragem do percurso. O centro de interpretação de Arbo e o percurso das pesqueiras do rio, construções feitas para apanhar a lampreia, convidam a descobrir a sua cultura.
Fortes como a torre de Fornelos, o paço d'A Fraga ou a ermida d'A Virxe do Camiño; e belas paisagens desde o alto de Guillade, em Crecente, completam o percurso.
Você não pode perder...
- Monte de Santa Trega (A Guarda)
- Moinhos de O Folón e O Picón (O Rosal)
- Fortaleza de Salvaterra de Miño
- Pesqueiras de Arbo